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A cantora Marília Mendonça já tinha mais de 10 anos de carreira como cantora e compositora quando faleceu em um acidente de avião, aos 26 anos, em 2021. Nesta quarta-feira (5), completam quatro anos de sua morte.
Marília fez muito sucesso, ganhou prêmios, quebrou recordes e se tornou um dos principais nomes do sertanejo e do feminejo. Por isso, ficou conhecida como a “Rainha da Sofrência”.
No Spotify, seu perfil destaca que ela trouxe uma nova forma de se comunicar com o público, valorizando as mulheres sem desrespeitar os homens. Com sua voz e atitude, mostrou que é possível conquistar sonhos sendo verdadeira. Encantou tanto fãs comuns quanto grandes artistas.
Seu primeiro EP foi lançado em 2014, com músicas como “Alô Porteiro”, “O Que Falta em Você Sou Eu” e “Sentimento Louco”.
Depois disso, lançou parcerias com artistas importantes do sertanejo, como “Impasse”, com Henrique & Juliano, e “Vou Levando a Minha”, com Gusttavo Moura & Rafael.
Ao todo, Marília lançou sete álbuns, 11 EPs e muitos singles. Ela cantou com nomes como Maiara & Maraisa, Anitta, Bruno & Marrone, Dulce María, Zezé Di Camargo e outros. Seu projeto com Maiara & Maraisa, “Festa das Patroas”, também foi um grande destaque.
Como compositora, foi igualmente marcante. O Ecad registra 345 músicas e 482 gravações com seu nome. Segundo Maiara, ainda existem mais de 30 músicas compostas com Marília que não foram lançadas.
Ela escreveu grandes sucessos gravados por outros artistas, como “Calma”, de Jorge & Mateus; “Flor e Beija Flor” e “Cuida Bem Dela”, de Henrique & Juliano; e “É Com Ela Que Eu Estou”, de Cristiano Araújo.
Na madrugada de 24 de junho de 2015, um acidente trágico tirou a vida do cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, e de sua namorada, Allana Moraes, de 19. O carro em que estavam saiu da pista e capotou na BR-135, próximo a Morrinhos (GO). Eles voltavam de um show em Itumbiara e seguiam para Goiânia.
Cristiano vivia o auge da carreira, com sucessos como “Cê Que Sabe”, “Maus Bocados” e “Caso Indefinido”, sendo um dos principais nomes do sertanejo universitário. Na hora do acidente, ele e Allana estavam no banco de trás de uma Range Rover, dirigida por Ronaldo Miranda. O empresário do cantor, Victor Leonardo, também estava no veículo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, Cristiano e Allana foram arremessados para fora do carro. Ela morreu no local. Cristiano ainda foi levado com vida para Goiânia em uma UTI móvel, mas não resistiu e faleceu no Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) na manhã do mesmo dia.
Ronaldo Miranda e o empresário sobreviveram. O bafômetro não apontou álcool no motorista, mas a perícia constatou que o carro estava a 179 km/h cinco segundos antes do acidente, em um trecho onde o limite era de 110 km/h.
A despedida do cantor aconteceu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, com a presença de cerca de 50 mil pessoas. O velório durou 15 horas, e o sepultamento foi no Cemitério Jardim das Palmeiras, ao lado de Allana.
Ronaldo Miranda foi indiciado por duplo homicídio culposo e, em 2022, chegou a ser preso por descumprir medidas da pena. No entanto, foi solto menos de 24 horas depois. O processo foi encerrado após o cumprimento das determinações de prestação de serviços e pagamento da pena pecuniária.
Há 27 anos, o Brasil se despedia de Leandro, uma das maiores vozes do sertanejo
No dia 23 de junho de 1998, o Brasil perdeu um de seus maiores ícones da música sertaneja: Leandro, nome artístico de Luiz José Costa, faleceu aos 36 anos, vítima de um tipo raríssimo e agressivo de câncer, conhecido como tumor de Askin. A doença provocou falência múltipla dos órgãos, e o cantor morreu às 0h10 no Hospital São Luiz, em São Paulo.
A partida precoce de Leandro marcou profundamente o país e interrompeu uma das carreiras mais brilhantes da música brasileira. Ao lado do irmão Leonardo, formou a inesquecível dupla Leandro & Leonardo, que conquistou multidões com suas canções românticas nos anos 1990.
O velório, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, reuniu mais de 25 mil fãs. No dia seguinte, em Goiânia, cerca de 150 mil pessoas acompanharam o cortejo e o sepultamento, num dos funerais mais emocionantes da história da música nacional.
Um legado que nunca se apaga
Mesmo após quase três décadas, Leandro segue vivo na memória dos fãs e na história do sertanejo. Sucessos como “Pense em Mim”, “Entre Tapas e Beijos” e “Não Aprendi a Dizer Adeus” continuam sendo ouvidos e celebrados, marcando gerações e influenciando novos artistas do gênero.
Além da voz marcante, Leandro deixou um legado familiar. Era pai de quatro filhos — Thiago, Leandro, Lyandra e Leandrinho — que até hoje preservam sua memória, inclusive nas redes sociais. Parte do patrimônio da dupla, como fazendas e imóveis, foi herdada pela viúva e pelos filhos.
Prêmios, recordes e reconhecimento nacional
A trajetória da dupla foi marcada por conquistas expressivas. Eles lançaram 13 álbuns, venderam milhões de cópias e acumularam prêmios importantes como discos de ouro, platina e diamante. Em 1990, o álbum “Leandro & Leonardo – Volume 4” ultrapassou a marca de 4 milhões de cópias vendidas. Leandro & Leonardo também receberam o Troféu Di Giorgio de melhor dupla e melhor disco do ano, além do reconhecimento do então presidente Fernando Collor, que os declarou seus intérpretes preferidos.
Homenagens e saudade
Até hoje, Leandro é homenageado por familiares, amigos e fãs em datas especiais como o Dia de Finados. Em Goiás, objetos pessoais do cantor foram doados à igreja que ele frequentava, como forma de manter viva sua presença e seu legado.
O sertanejo se renovou ao longo dos anos, mas relembrar a trajetória de Leandro & Leonardo é sempre uma forma de reconhecer a força e a emoção de uma época inesquecível. Leandro partiu cedo demais, mas sua voz e sua história continuam a tocar os corações de quem ama a verdadeira essência da música sertaneja.
A cantora, durante uma entrevista, expressou com sinceridade o desejo de retornar aos palcos e o carinho constante que recebe dos fãs, que diariamente a incentivam a voltar à música. Ela reconhece que o público que acompanha sua ex-dupla continua fiel e ansioso por vê-la novamente em ação, demonstrando uma conexão afetiva profunda e duradoura. Nas ruas, é abordada por admiradores que a reconhecem, perguntam sobre seu retorno e manifestam saudade de sua presença artística e de seu estilo musical.
Apesar desse carinho e da garantia de uma recepção calorosa e apaixonada, a artista é cautelosa quanto à decisão de voltar. Ela ressalta que, atualmente, suas prioridades mudaram. A vida pessoal ocupa um espaço central em suas reflexões, e o retorno aos palcos exige mais do que apenas vontade: precisa ser uma decisão pensada com responsabilidade. A cantora menciona de forma honesta que questões familiares e íntimas têm maior urgência no momento.
Entre essas prioridades estão seus dois filhos, Giovanna, de 12 anos, e Pawel, de 8 anos, que demandam atenção, cuidado e estabilidade. Ela destaca a importância de oferecer a eles um ambiente seguro e fortalecido antes de considerar a retomada da carreira artística. Suas palavras revelam um desejo legítimo de se dedicar à maternidade e de resolver aspectos pessoais importantes, os quais ela considera fundamentais para garantir um retorno mais tranquilo e estruturado no futuro.
Assim, embora a saudade dos palcos esteja presente e o amor pelo público continue sendo um combustível emocional, a cantora está consciente de que esse reencontro com a música precisa acontecer no tempo certo — um tempo que respeite suas necessidades emocionais, familiares e pessoais.