A cantora Ana Castela, de 21 anos, vem se destacando cada vez mais no cenário sertanejo, especialmente entre o público infantil. No último sábado (25), ela se apresentou no Festival de Verão, em Salvador, no Parque das Exposições, encantando a criançada com sua performance. Em entrevista ao portal iBahia, Ana compartilhou como seu trabalho tem evoluído, especialmente em relação às escolhas musicais voltadas para esse novo público.
Com o aumento de fãs mirins, a artista revelou que teve que ajustar sua abordagem, afastando-se de temas sensuais. “Tem uma parte que eu tenho que rebolar, e fico com vergonha por causa das crianças”, explicou Ana Castela, ressaltando que prefere trabalhar com conteúdos mais adequados para a faixa etária. Ela também comentou sobre a preocupação com o público materno, destacando que não quer usar roupas que chamem atenção de forma vulgar. “Eu quero ver o talento e acho que as mães, o público, também querem ver isso”, afirmou.
No domingo (26), durante sua participação no programa Silvio Santos do SBT, a cantora voltou a abordar as mudanças em sua carreira, principalmente no repertório. Em conversa com Patrícia Abravanel, Ana desabafou sobre alguns termos e expressões comuns nas músicas sertanejas que a incomodam. “Chega de ‘bota, bota’, ‘roça, roça’, eu não aguento mais. ‘Bota, bota em mim’, eu não quero mais”, disse, referindo-se a versos de sua música “Roça em Mim”, em parceria com Luan Pereira e Zé Felipe.
A cantora, então, revelou que agora está focada em compor músicas mais profundas e emocionantes. “Estamos criando novas composições, e eu estou participando ativamente para garantir que não façam ‘besteirinhas’ nas músicas”, contou. Ana ainda revelou que algumas de suas novas músicas têm uma carga emocional forte, prometendo letras que farão os ouvintes se emocionarem. “Essa semana, saíram músicas que vão fazer todo mundo chorar. Vocês não estão preparados”, finalizou, criando grande expectativa entre seus fãs.
O ator brasileiro Pedro Cardoso, de 61 anos, conhecido pelo seu papel icônico como Agostinho Carrara em “A Grande Família”, gerou polêmica ao comentar sobre o sertanejo moderno em uma entrevista. Ele afirmou que é “injusto chamar de sertanejo” as canções atuais que dominam as paradas.
“Acho injusto chamar sertanejo. Porque sertanejo é: ‘No Rancho Fundo, bem pra lá do fim do mundo…’ (cantando os versos de ‘No Rancho Fundo’, de Ary Barroso e Lamartine Babo). Isso é sertanejo. Isso cantava os temas do sertão”, disse.
Pedro também criticou as letras das músicas atuais, que, segundo ele, giram em torno de infidelidade e masculinidade. “As canções se resumem a ‘minha namorada me largou, eu larguei minha namorada’, sem aprofundar em temas relevantes”, afirmou. Ele ainda questionou a autenticidade dos artistas, ressaltando que, embora existam profissionais talentosos e grandes produtores, as letras carecem de inspiração e diversidade temática.
“Na minha opinião, é uma temática completamente monótona e de baixíssima inspiração. Não é à toa que essa é a música do fascismo brasileiro. É uma música vazia, de interesse teórico, sobre assunto nenhum. É uma música sobre nada, sobre ser corno ou não ser corno”, completou.
As declarações de Pedro rapidamente se espalharam pelas redes sociais, levando alguns artistas a se manifestarem. O cantor Rio Negro, da dupla com Solimões, comentou na página Conceito Sertanejo: “O comentário dele é tão inútil quanto o papel que ele representou”. Enquanto Fred Liel, da dupla com Fabrício, também se pronunciou: “O sertanejo respira”.